Carros com start-stop exigem cuidado redobrado com velas

Está cada vez maior o número de carros equipados com sistema start-stop no mercado brasileiro. A tecnologia, que desliga o motor do veículo toda vez que o carro está parado reduz o consumo de combustível e o nível de emissões de poluentes.

Entretanto, o start-stop pode gerar desgaste prematuro de algumas peças. Tudo porque o número médio de partidas por dia (que é de 5 a 10) aumenta em um veículo que tenha essa tecnologia – principalmente se o motorista enfrentar longos congestionamentos. Isso faz o sistema de ignição ser muito mais exigido, e aí aumentam as chances de ocorrer um problema.

“A partida é um momento crítico para o sistema de ignição. Por isso, é necessário verificar as condições das velas, cabos e bobinas. Se algo não estiver operando corretamente, o motor poderá apresentar dificuldades para entrar em funcionamento”, afirma Hiromori Mori, consultor de assistência técnica da NGK, empresa especializada em sistemas de ignição.

Start-stop pode ser desativado por um botão

No Fiat Argo, start-stop pode ser desativado por botão (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Mori alerta que nem sempre o motorista consegue identificar se há algum problema no funcionamento das velas de ignição. “Os motores atuais estão cada vez mais preparados para trabalhar em condições adversas, especialmente quando há início de falha. Quando o dono do carro percebe que há algo errado, é sinal de que isso já ocorre há algum tempo”.

Velas com desgaste excessivo podem diminuir a vida útil de vários componentes do motor, como cabos, bobinas e catalisadores.

A NGK recomenda inspecionar as velas a cada 10 mil quilômetros ou conforme orientação da fabricante do veículo.  No entanto, há uma recomendação presente na maioria dos manuais de proprietário. O dono deve reduzir o plano pela metade se o veículo for submetido a condições severas de uso, como trânsito intenso diário.

Assim, se a fabricante recomendar a troca das velas a cada 20.000 km, elas devem ser substituídas aos 10.000 km. Afinal, quando o veículo fica parado no congestionamento, o motor está funcionando, mas não há aumento de quilometragem.

Trechos curtos, em que o motor trabalha frio, ou áreas com muita poluição, pó, fuligem ou terra também são consideradas condições de uso severo.

Velas devem ser inspecionadas a cada 10.000 km ou de acordo com o manual do veículo (Silvio Gioia/Quatro Rodas)

 

Dificuldade em dar a partida, falhas nas acelerações, vibrações excessivas no motor e aumento no consumo de combustível indicam que é bom verificar o estado das velas.

Uma inspeção visual também pode dar a resposta: se a vela estiver com coloração marrom, cinza ou levemente amarelada, chegou a hora de trocar a peça.

Vale ressaltar que é até possível trocar as velas do motor em casa, mas nem sempre é recomendável. Retirar e colocar as peças são operações simples que devem ser feitas com o motor frio, tomando cuidado apenas para não danificar as roscas no bloco do motor.

É possível realizar a troca das velas por conta própria, desde que as especificações de fábrica sejam seguidas (Fernando Pires/Quatro Rodas)

O mais importante: respeitar os tipos de vela, não fazer alterações de especificação ainda que as novas sejam compatíveis em tamanho, e utilizar um torquímetro ao fazer o aperto.

Fiat Uno foi o pioneiro, mas Argo é o mais barato

Fiat Uno foi o primeiro modelo nacional a sair de fábrica com sistema start-stop. Embora a maioria dos modelos equipados com este recurso pertençam a categorias superiores, o item já chegou aos segmentos de entrada.

Atualmente, o Fiat Argo Drive 1.0 (R$ 46.800) é o modelo mais acessível do país equipado com este item.

Versão de entrada do Argo é o modelo mais barato com start-stop (divulgação/Fiat)

Fonte: https://quatrorodas.abril.com.br/auto-servico/carros-com-start-stop-exigem-cuidado-redobrado-com-velas/

Segredos: novo Focus, Fiesta reestilizado e novo EcoSport

Quer saber o calendário de lançamentos da Ford daqui até o fim do ano? O primeiro a chegar será o novo Fiesta. Ele só deve estrear em setembro. E não será o exemplar de nova geração, revelado no final do ano passado e que estará debutando nos mercados europeus na mesma época.

Fiesta: camuflagem esconde o que muda

Fiesta: camuflagem esconde o que muda (Ricardo Makino/Quatro Rodas)

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Por aqui, a Ford optou por reestilizar o modelo, como testemunha o flagrante feito pelo leitor Ricardo Makino. As mudanças serão mínimas, com retoques em elementos como grade dianteira, faróis e lanternas, de modo que fiquem parecidos (talvez iguais) aos da nova versão europeia.

Lembra do Peugeot 206 1/2, a solução que a Peugeot deu para o nosso 206, quando o 207 chegou à Europa? É mais ou menos isso que deve acontecer com o Fiesta.

Enquanto espera por essa novidade, a Ford vai iniciar o lançamento do novo EcoSport. O plano da fábrica é fazer o modelo reestilizado virar trending topic nas redes sociais bem antes do início das vendas.

Novo EcoSport já roda no Brasil

Novo EcoSport já roda no Brasil (Airton Brito/Quatro Rodas)

Normalmente, essa estratégia tem um efeito colateral indesejado, que é dar ao consumidor a sensação de déjà vu quando o carro chegar de fato às lojas. As primeiras aparições oficiais do EcoSport no Brasil vão acontecer entre julho e agosto, mas o início das vendas será entre outubro e novembro.

(Lourival Magalhães/Quatro Rodas)

Ao contrário do que houve na Europa, ele deve manter o estepe na traseira. Na parte mecânica, o destaque por aqui será o novo motor 1.5 TiVCT de três cilindros, que a Ford já apresentou – saiba tudo sobre ele aqui. Com 137 cv e 16,2 mkgf, deve substituir o 1.6 Sigma nas versões de entrada e intermediárias.

Mudanças importantes também ocorrem no interior, de aspecto inédito e mais refinado, com uma tela multimídia em destaque no painel central. A promessa é de que o acabamento seja melhorado.

No fim do ano chega o novo Focus, aí sim, uma nova geração. E o lançamento aqui será quase simultâneo ao da Europa.

Novo Focus: estreia quase simultânea aqui e na Europa

Novo Focus: estreia quase simultânea aqui e na Europa (Projeção Du Oliveira/Quatro Rodas)

Pelo que já se falou nas publicações estrangeiras, o hatch de quarta geração muda bastante. Começa pela grade, que ganha um recorte na base, perdendo em parte afamosa forma copiada dos Aston Martin.

O capô ganha vincos mais pronunciados, assim como na lateral, em que as formas musculosas destacam a linha de cintura e as caixas de rodas. A área envidraçada ganha novo contorno, evidenciado na projeção por um friso cromado.

Efeito de luz e sombra realçam os volumes na lateral da carroceria

Efeito de luz e sombra realçam os volumes na lateral da carroceria (Projeção Du Oliveira/Quatro Rodas)

O futuro Focus será mais bem equipado, com itens como a central SYNC 3, alerta de mudança involuntária de faixa e faróis full-led, entre outros. Sob o capô, o motor 1.6 Sigma de quatro cilindros cede lugar ao já citado 1.5 TiVCT detrês cilindros (que estreia no EcoSport) – mas o potente 2.0 atual continua nas versões mais caras.

Antes do ano acabar, será a vez do Mustang. O esportivo que estreia em outubro, como linha 2018, não será exatamente igual ao mostrado no Salão deSão Paulo, em novembro de 2016, mas uma versão reestilizada – e, nesse caso, não tem nada a ver com a adaptação ao gosto local.

Mustang terá reestilização nos EUA

Mustang que vem para o Brasil já será o reestilizado (divulgação/Ford)

O motivo é que a atual geração do modelo, a sexta, lançada em 2015, chegou ao meio do ciclo de vida. Entre as mudanças da nova linha, os destaques são grade e para-choque mais largos, os faróis com novo design e o capô, com aberturas com duas tomadas de ar.

A sétima geração de fato do Mustang ainda está longe, prevista só para 2020.

 

Fonte: https://quatrorodas.abril.com.br/noticias/segredos-nova-geracao-do-focus-fiesta-reestilizado-e-novo-ecosport/

7 tendências para o setor automotivo na próxima década

  • 7. Os carros do futuro
    São Paulo – Carros elétricos e leves que se dirigem sozinhos e são compartilhados. É esta a visão de um futuro próximo que surge de um relatório lançado na última semana pelo banco americano Goldman Sachs sobre as perspectivas para o setor automotivo na próxima década. 4 temas aparecem bastante: a pressão para cortar as emissões de gases estufa, o foco em segurança em uma sociedade que envelhece, o desejo de conveniência para otimizar tempo e espaço e a necessidade de preços acessíveis. Para juntar isso tudo, só com muita inovação: “a necessidade da indústria automotiva de abraçar a mudança tecnológica é agora mais urgente do que nunca”, diz o relatório. 7 tendências foram identificadas: uma “dieta” no peso dos carros, inovação nos motores, carros autônomos, poder para fornecedores, entrada de novas empresas, carros conectados e foco nos emergentes. Entenda cada uma delas:

Fonte: https://exame.abril.com.br/economia/7-tendencias-para-o-setor-automotivo-na-proxima-decada/#

Ford relança o Fiesta Sedan mexicano no Brasil

 

Ford relança o Fiesta Sedan mexicano no Brasil

Retirado do site da empresa no início do ano, modelo ganha nova central multimídia

Maior diferencial da linha 2017 do Fiesta Sedan é o sistema multimídia Sync 3 compatível com Android Auto e Apple Carplay (Divulgação/Ford)

Da mesma forma que saiu do configurador da Ford no início do ano, o Fiesta Sedan voltou a ser vendido sem grande alarde.

A principal novidade da linha 2017 (e não 2018, como seria o usual) do modelo é a adoção do sistema multimídia Sync 3, já usado no Fusion, Focus e EcoSport e que é compatível com o Android Auto – que acaba de ganhar o Waze. O sistema substitui sua versão anterior que estreou em 2015.

Feito no México, o carro traz alguns diferenciais em relação ao hatch fabricado no Brasil – o painel do importado, por exemplo, é revestido de borracha, enquanto o nacional traz plásticos rígidos.

A marca oferece o Fiesta Sedan em três versões: SEL, SEL automática, Titanium e Titanium Plus. Só a versão inicial dispõe de câmbio manual. As outras adotam a caixa robotizada Powershift de dupla embreagem e seis marchas, recém-aposentada no EcoSport. Agora a tabela de preços do Fiesta Sedan ficou da seguinte maneira:

VersãoPreço
SEL ManualR$ 66.490
SEL AutomáticoR$ 72.290
Titanium AutomáticoR$ 78.690
Titanium Plus AutomáticoR$ 80.890

Sempre com motor 1.6 Sigma (128 cv e 16,0 mkgf com etanol), todos os modelos vêm de fábrica com direção eletroassistida, trio elétrico, ar-condicionado digital de uma zona, ESC com assistente de partida em rampa, fixação Isofix, rodas de 15″, faróis de neblina e sistema de som com leitor MP3 e Blutooth.

A versão SEL é a única a dispor do câmbio manual de cinco marchas (Divulgação/Ford)

A Titanium adiciona airbags laterais, de cortina e para o joelho do motorista, sistema multimídia Sync 3 com tela sensível ao toque de 6,5″, câmera de ré, chave presencial, sensores de chuva e crepuscular, rodas de 16″ e retrovisor interno eletrocrômico. A versão Plus inclui teto-solar elétrico.

O Fiesta Sedan fechou 2016 com vendas tímidas. Segundo a Fenabrave, o modelo teve 1.637 unidades emplacadas, o equivalente a 4% do segmento, cujo líder foi o Chevrolet Cobalt, com 22.466 unidades. Já este ano o modelo não está nem entre os 130 mais vendidos, e contabilizou 58 unidades até julho – menos que o Porsche 911!

Se depender da política de cotas de veículos importados do México, o Fiesta Sedan continuará a ser uma visão rara nas ruas: a Ford já tem parte de sua cota ocupada pelo Fusion, que vende bem: foram 2.457 no acumulado entre janeiro e julho de 2017, deixando pouco espaço para o sedã compacto.

Equipe Classic Premium

Fonte: https://quatrorodas.abril.com.br/noticias/ford-relanca-o-fiesta-sedan-mexicano-no-brasil/

Fórum Direções 2017: O Caminho dos Autônomos

 

Fórum Direções 2017: O Caminho dos Autônomos

Painel do Fórum Direções discutiu como será a cidade quando os carros autônomos chegarem às ruas

Painel debateu se autônomos são o futuro da indústria (Bio Foto/Quatro Rodas)

O que falta para que os carros autônomos se tornem presentes no nosso cotidiano e como as cidades estão preparadas para eles?

Estas foram algumas das questões levantadas pelo painel “Carros autônomos: serão eles a salvação da indústria?”, durante o Fórum Direções realizado por QUATRO RODAS nesta terça-feira, 19 de setembro, em São Paulo.

De acordo com Pablo Averame, vice-presidente de marketing, mobilidade e serviços conectados para a América Latina do Grupo PSA Peugeot Citroën,  podemos dizer que os autônomos já estão entre nós.

“A condução assistida começou há alguns anos com o piloto automático. Hoje temos o que chamamos de piloto automático adaptativo, que tem a capacidade de manter distância controlada do carro à frente. Esse é o nível 1 de automação. O nível máximo é o 5, que já não teria o condutor atrás do volante.

A diferença entre o nível 1 e o 2 é que o condutor já não precisa manter as mãos sobre o volante. No 3, o motorista não precisaria estar enxergando a estrada. No nível 4 o motorista não precisaria interagir com o carro para, por exemplo, autorizar uma ultrapassagem.

Daqui até o ano de 2020, pensando na Europa e nos Estados Unidos, já será possível ter carros de nível 4 nas ruas.”

Perguntado sobre o estágio atual da tecnologia autônoma, Johannes Roscheck, CEO da Audi Brasil, adiantou que a fabricante alemã já está homologando no Brasil a nova geração do Audi A8, seu sedã topo de linha.

Johannes Roscheck, CEO da Audi do Brasil (Bio Foto/Quatro Rodas)

“A homologação inclui o sistema autônomo nível 3, que permite que o motorista desvie o foco da estrada para ler e-mails ou fazer outra coisa. Mas o motorista precisa estar presente para assumir o controle quando o carro chama.

A evolução é rápida e está sendo acompanhada pela indústria conforme a disponibilidade de tecnologia. 20 anos atrás a capacidade dos computadores era 10.000 vezes menor que hoje e a gente está acreditando que esta evolução ficará cada vez mais rápida.

Nós acreditamos que esta tecnologia poderá avançar muito rápido. 10 anos atrás tínhamos processadores 100 vezes mais lentos que hoje, por exemplo.”

Representando as empresas de tecnologia, que também trabalham no desenvolvimento de sistemas autônomos, Fabio Coelho, presidente do Google Brasil, levantou um problema que os autônomos não resolvem: a hora do rush.

“Hoje, cada um de nós sai de casa mais ou menos no mesmo horário. Dirigimos uma máquina que chega ao seu destino 30 minutos, 1h depois. Quase todos os movimentos são muito parecidos no modelo da cidade de hoje.

Eu vejo o projeto do carro autônomo de uma forma mais abrangente do que uma revolução na maneira de transportar. Se fizermos uma reflexão sobre isso, a indústria automobilística foi concebida sobre um conceito de conveniência e debilidade de serviços públicos.

Para Fabio, um caminho é formar uma cidade conectada, interligando informações dos veículos, do transporte público e das próprias vias.

Fabio Coelho, presidente do Google Brasil (Bio Foto/Quatro Rodas)

“O carro autônomo pode transcender o simples fato de dirigir. Por exemplo, nos Estados Unidos o carro autônomo permite que a distância entre os veículos seja radicalmente menor, pois você não tem o elemento “falha humana” e isso permite maior fluidez do trânsito.”

Há um período de transição pela frente e carros convencionais coexistirão com autônomos. E quem teria a culpa de um acidente entre os dois tipos de veículos?

Fabio foi sincero: “Não sei. Há pessoas pensando nisso, cidades pensando nisso. E como tudo que envolve tecnologia de ponta, o uso precede a norma e a lei. É uma discussão ética e normativa, que dependerá de como as coisas vão evoluir. (…) A sociedade deve se reunir e encontrar um modelo a seguir. E todos sairão ganhando.”

De acordo com Pablo, hoje 90% dos acidentes são causados por falha humana. “Mudar isso será um os grandes benefícios dos carros autônomos. Será uma experiência de condução diferente. (…) E a culpa de um acidente gerará uma discussão, mas o carro autônomo manterá as informações dos momentos do acidente e estas informações estarão à disposição para consulta posterior.”

Mas nem todos estão dispostos a andar de um carro autônomo. Pesquisa da consultoria Gartner revelou que 55% dos americanos ouvidos não andariam em um carro 100% autônomo, mas 70% deles andariam nos semiautônomos. Perguntado sobre essa resistência, Johannes disse que bastará às pessoas ter um contato maior com os autônomos para que se tornem partidários do sistema.

“É algo que deve mudar com a melhor divulgação dos autônomos e de suas vantagens, como o conforto e a conveniência, e por ser à prova de distrações do motorista. Hoje a tecnologia já permite alguma distração, caso você esteja cansado. Não permite que o motorista durma, mas não requer toda a atenção dele.

Mas quem não vai gostar de poder fazer uma viagem entre o Rio e SP, 400 km, dormindo? Quando entenderem essas vantagens as pessoas vão aceitar os veículos autônomos. E esse percentual vai aumentar para 95%”

A forma como a tecnologia vai influenciar na relação com o automóvel também foi abordada. De acordo com Pablo, os carros autônomos farão as fabricantes repensarem seu modelo de negócio. Johannes ainda prevê mudanças na legislação da grande maioria dos países que não permite que o motorista desvie sua atenção quando está ao volante, pois em carros autônomos isso será possível.

“Quando eu era criança ver o banco do motorista girando para que ele fale com as crianças no banco de trás era ficção científica. Isso será realidade em carros de nível 4, que se tudo correr bem chegarão ao mercado em 2020 ou 2021”, disse o CEO da Audi do Brasil.

De acordo com Fabio, “o cliente estará disposto a pagar por entretenimento a bordo de seu carro, ou andar de carro será quase como andar em um avião sem um monitor a frente ou algo parecido. O cliente não vai querer pegar um carro autônomo com sistemas de entretenimento que não sejam de alto nível.”

Para que funcionem corretamente, carros autônomos dependerão de infraestrutura. E, assim como os equipamentos que fazem com que o carro seja autônomo, isso terá um custo.

Para Johannes, esse é o caminho das “smartcities”, onde carros, pessoas e estruturas se comunicarão. Isso traria uma enorme vantagem para o coletivo. “As ruas terão sensores, os estacionamentos terão sensores. Isso será uma coisa fantástica. A Coreia do sul quer ser a primeira a fazer isso, dentro de três anos”, conta.

Pablo diz que os planos da PSA é o de oferecer sistemas autônomos para os clientes de todos os segmentos e marcas do grupo, mas que o custo das tecnologias embarcadas nos automóveis dependerá da demanda. O presidente do Google, porém, prevê um futuro de tecnologia a custo mínimo, se não for zero.

“Há pressão do mercado para isso. Se isso vai acontecer nos próximos 3 ou 5 anos é só uma questão de aperfeiçoar a tecnologia. Esta semana o congresso dos Estados Unidos deu parecer favorável aos autônomos. O futuro já chegou, só está mal distribuído. Só espero que o Brasil não fique na rabeira dessa evolução, pois é um grande mercado de automóveis.”

Equipe Classic Premium

Fonte: http://www.matel.com.br/conheca-as-4-maiores-novidades-do-setor-automotivo-em-2017

Big Data: Combustível que Acelera a Indústria Automobilística

 

Big Data: Combustível que Acelera a Indústria Automobilística

Haverá um tempo (em breve) em que o modelo de motorista representado pelo personagem da Disney, o Pateta, furioso, atrás de um carro de qualidade duvidosa em um congestionamento enorme, estará totalmente obsoleto. A possibilidade de fugir dos congestionamentos por meio da criação de rotas alternativas, em um veículo eficiente e inteligente, já é possível.

Também é possível que a indústria que constrói esse carro saiba mais sobre o mercado e sobre o seu cliente. Essa evolução do setor automobilístico tem uma razão: Big Data.

Podemos enxergar a indústria automobilística como um grande “oceano azul” de dados: inúmeras informações de todos os tipos sendo exploradas de forma básica, desperdiçando ainda muito potencial de inteligência.

Entenda mais sobre como Big Data e a indústria automobilística podem (e devem) se relacionar:

Tipos de carros e as preferências das pessoas

Logo de cara, podemos notar a influência dos dados na indústria automobilística pela produção publicitária. Ela se utiliza da opinião direta (ou indireta) dos clientes. O que querem? O que pensam? Do que não gostaram? Essas são informações preciosas para a nova campanha ou para alimentar o setor de marketing e de negócio do fabricante de veículos.

Baseado em pesquisas e dados diversos (redes, SAC e outros canais com o consumidor), o grupo Abril lançou estudo que serve de auxílio para a publicidade. São números básicos que podem ajudar em uma nova campanha ou em um posicionamento de marketing mais eficientes. O documento mostra que, entre as pessoas que estão pensando em comprar um carro, 33% não sabem qual marca comprar e 41% não sabem qual o modelo. Destes compradores, 52% são homens, 48%, mulheres, e 61% deles, casados; a idade média é de 40 anos, 55% têm filhos e 62% são chefes de família. Ou seja, esses números definem para qual gênero se volta a peça publicitária e em qual região é preciso reforçar as vendas, por exemplo.

E mais: na jornada de compra do cliente que adquire um carro, está inserida a pesquisa prévia sobre o veículo desejado por ele. Buscas em classificados e sites das montadoras, interações com as marcas via redes sociais, leituras de opiniões de quem já possui aquele modelo, acesso a fotos e vídeos, tests drives virtuais.

Sabendo do poder dos dados, a agência de marketing da Citroën se utilizou de ferramentas para a construção e integração de um grande banco de dados da empresa. Contudo, como obter as informações que a companhia precisava? Foram criadas páginas exclusivas e inteligentes para clientes; a partir delas, a experiência de uso com os veículos da marca era acompanhada de perto.

Chamado de programa Fidélité, o motorista é lembrado nesta página sobre revisões periódicas, manual do carro, cuidados com o veículo, além de promoções. A página também funciona como um SAC, com as principais dúvidas sendo guardadas em um histórico.

A agência, abastecida de informações, conseguiu então personalizar o atendimento ao cliente Citroën, com promoções segmentadas de acordo com cada perfil de consumidor, por exemplo. Além disso, como todo bom programa de fidelidade, o portal personalizado mantinha benefícios com acúmulos de pontos e integração com o Facebook, ampliando ainda mais a base de dados disponíveis para análise.

Prevendo melhorias

análise preditiva dos dados também tem o poder de melhorar as simulações na fabricação e mitigar os problemas na linha de produção do carro. É aqui que as máquinas inteligentes e envolvidas no processo de montagem do veículo podem, por meio de inteligência artificial e machine learning, se aperfeiçoar para a próxima remessa. É pura indústria 4.0!

A ferramenta NSK Bearing Doctor, por exemplo, evoluiu de um documento em PDF, que localizava manualmente problemas em rolamentos de carros e em linhas de produção industrial, para um aplicativo que agora compara e analisa – por imagens e outras ocorrências similares guardadas em bancos de dados – os possíveis problemas e causas de defeitos na construção do carro.

Dados dentro e fora dos veículos

Dados de fornecedores, de clientes e de mercado são refletidos nos novos processos de produção. Desde a concepção do carro, passando pela manutenção, indo até o próximo veículo a ser construído, o grande volume de informações acumuladas serve para dirigir o setor automobilístico ao máximo de vendas.

Estima-se hoje que mais de cinco milhões de carros conectados já rodem por aí, gerando 25GB de dados por dia. A tecnologia incorporada a esses veículos faz com que esses dados virem memória de erros e acertos, auxiliando na identificação de fraquezas e na melhoraria dos novos modelos.

Até o que é dito sobre os veículos nas redes sociais ou nos canais de atendimento ao cliente é capturado pelas montadoras e somado à análise de dados. A Nissan (já explorada em outro artigo) tem usado deste recurso e se beneficiado das informações coletadas para a melhoria contínua de seus carros.

E se você tiver um carro não conectado e ele der problema? Os dados também podem ajudar. Sem sair de casa, você pode entrar em uma mecânica e perguntar ao Henry (em homenagem ao Henry Ford) como solucionar o problema técnico no veículo. Isso mesmo, uma oficina mecânica online. Este chatbot é uma plataforma lançada no final de 2016, gratuita, alimentada por dados e baseada em Big Data e inteligência artificial.

Isso sem falar nos demais setores que “pegarão carona” nas aplicações de Big Data na indústria automobilística: aluguéis de carro, venda de seguros, melhoria nos combustíveis, oficinas mecânicas especializadas e preparadas para um carro mais inteligente, GPS e aplicativos de localização aperfeiçoados.

Mais e mais dados gerados e fornecidos para a indústria automobilística, que estará cada vez mais conectado com as pistas e com o motorista. Parceria de dados para que todos avancem juntos.

Equipe Classic Premium

Fonte: www.bigdatabusiness.com.br