OS ITENS DE SEGURANÇA QUE TODO CARRO DEVERIA TER

Quando o assunto é segurança nos automóveis, o Brasil ainda está bem atrás do padrão estabelecido em mercados como Estados Unidos, Europa e Japão. Felizmente, com a adoção da obrigatoriedade de ABS e airbags frontais, a partir de 2014, parte dessa defasagem foi superada. Veja, a seguir, os principais itens de segurança – e porque eles são importantes e valem o investimento adicional.

Freios ABS
É o equipamento mais eficaz na prevenção de acidentes e tornou-se um item obrigatório em todos os automóveis fabricados no Brasil desde 2014. O ABS (anti-lock braking system, em inglês), é um sistema eletrônico que impede o travamento das rodas em uma frenagem forte. Resumidamente, a partir de dados coletados por sensores nas rodas, ele determina quando elas estão prestes a travar e, imediatamente, alivia a pressão das pinças do freio. Dessa forma, o carro consegue parar em uma distância menor e, também, permite ao motorista manter o controle da trajetória durante a frenagem, permitindo que ele desvie de um obstáculo, por exemplo. É importante saber que, para o seu correto funcionamento, o motorista deve aplicar força máxima no pedal, sem modular a pressão.

Freios a disco nas quatro rodas
Por uma questão de custo, boa parte dos modelos fabricados no Brasil, principalmente os modelos mais acessíveis, utilizam freios a disco apenas nas rodas dianteiras, adotando o sistema a tambor na traseira. Partindo da lógica da segurança, o ideal seria usar o sistema a disco nas quatro rodas: ele é mais eficiente e, como dissipa melhor o calor gerado pelo atrito, está menos sujeito à fadiga por superaquecimento (que, quando acontece, deixa os freios com eficácia praticamente nula). Além disso, como possui menos componentes, sua manutenção é mais simples.

Sistemas EBD e BAS
Esses dois sistemas eletrônicos são o complemento ideal para os dois itens anteriores. O EBD faz a distribuição da força de frenagem entre os eixos das rodas. A força ideal para cada uma pode variar, principalmente, a partir da distribuição do peso – por exemplo, porta malas carregado ou três passageiros no banco traseiro. Já o BAS é o sistema de assistência em frenagem, que, em uma emergência com frenagem brusca, multiplica o esforço aplicado no pedal do freio, garantindo máxima pressão em um tempo menor. Isso Antecipa o início da frenagem, às vezes, em décimos de segundo – o que, tratando-se de uma situação de risco, pode separar uma tragédia de um grande susto.

Airbags
Outro item de segurança que desde 2014 é obrigatório em todos os automóveis fabricados no país. São bolsas de ar que, em caso de colisão, inflam-se em cerca de 3 centésimos de segundo, protegendo os ocupantes de um choque direto contra materiais rígidos como o painel, volante, vidros e carroceria. A lei obriga a instalação de uma bolsa dupla frontal e, caso você esteja pesquisando modelos usados, este é o tipo fundamental. No entanto, existem vários outros tipos em modelos mais caros: airbags laterais (inflam-se a partir dos bancos e protegem o torso), de cortina (extendem-se a partir do teto, paralelamente aos vidros laterais, protegendo a cabeça), de joelho (do motorista, protegendo de contato com a coluna de direção). A partir do comando de sensores de desaceleração, os airbags são inflados graças a uma reação química, que causa uma explosão controlada que gera nitrogênio suficiente para encher a bolsa, que se esvazia após o impacto. É fundamental saber que os airbags perdem a sua eficácia caso os ocupantes não estejam usando o cinto de segurança.

Controle eletrônico de estabilidade
Conhecido pelas siglas ESP (programa eletrônico de estabilidade) ou ESC (controle eletrônico de estabilidade), sua principal função é a de evitar que o veículo derrape em curvas ou desvios de trajetória, evitando que o motorista perca o controle do veículo. A partir de dados enviados por sensores nas rodas, direção e motor, a central detecta eventuais adversidades (quando, por exemplo, o motorista entra muito forte em uma curva ou realiza uma mudança repentina de faixa) e realiza correções, como a redução do torque do motor e a frenagem das rodas de um dos lados. Um dos componentes do ESP é o controle de tração, que evita que as rodas girem em falso, ainda que torque excessivo seja enviado pelo motorista ao pisar no acelerador. Este equipamento, que deverá ser obrigatório em todos os veículos fabricados no Brasil a partir de 2022. Este é um item extremamente importante em veículos com centro de gravidade mais elevado, como os utilitários esportivos.

Isofix
É um novo padrão de fixação de assentos infantis que deverá tornar-se obrigatório a partir de 2020. Nele, os dispositivos de retenção são fixados na própria estrutura do carro e não com os cintos de segurança. Dessa forma, o equipamento permanece mais firme em caso de colisão, oferecendo um nível de segurança muito mais elevado para as crianças.

Cintos de segurança com pré-tensionador
Quando o sistema detecta a iminência de uma colisão, através de uma frenagem brusca ou perda de aderência das rodas, ele retrai os cintos de segurança, eliminando a folga entre o assento e o corpo. Isso evita que o deslocamento dos ocupantes, evitando que eles fiquem posicionados de forma incorreta durante o acionamento do airbag.

Encosto de cabeça e sistema anti-chicote
O encosto de cabeça é uma peça relativamente simples, mas que infelizmente ainda está ausente em alguns modelos de entrada no assento traseiro, principalmente na posição central. No caso de uma colisão traseira, a cabeça dos ocupantes é projetada para trás, movimento que pode causar lesões na coluna cervical – o chamado efeito chicote -, possibilidade bastante reduzida com a presença do encosto. Em modelos mais caros você encontra o sistema WHIPS, sigla em inglês para sistema de proteção contra o efeito chicote. Em batidas traseiras, o sistema deslocar o encosto para frente e para trás, acompanhando o movimento da cabeça, minimizando ainda mais o risco de lesões.

Barras de proteção laterais
Outro item que também está presente apenas poucos modelos. São estruturas instaladas na parte interna das portas, na altura do torso dos passageiros. Feitas de aço de alta resistência, são bem mais rígidas que o restante da carroceria e, assim, protegem os ocupantes em colisões em “T”, em que a frente de um veículo atinge a lateral de outro.

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