Por que os híbridos consomem menos combustível na cidade?

Resposta curta: porque na cidade você freia mais. Para a resposta longa, porém, é preciso explicar como funciona um híbrido moderno.

Modelos como o Toyota Prius e o Ford Fusion Hybrid contam com dois motores de propulsão: um a gasolina (ou, em breve, flex) e outro elétrico.

Todo motor elétrico é, também, um gerador de eletricidade. O conceito é simples: se a energia entra no motor, ele gira. Se você girar a árvore (inadvertidamente chamada de eixo) dele, porém, o próprio motor passa a produzir eletricidade.

Só que, quanto mais energia você quiser produzir, mais força precisará para girar o motor elétrico. E aí está a sacada dos modelos híbridos.

Quando você pisa moderadamente no freio do Prius, o pedal não necessariamente irá pressionar as pastilhas de freio. Se a central eletrônica calcular que a desaceleração desejada pelo motorista é branda, o próprio motor elétrico do Prius freia o carro – gerando eletricidade nesse ínterim.

Como na cidade você usa muito mais o freio do que na estrada, a transformação de parte da energia cinética do carro em eletricidade é mais intensa no anda-e-para das grandes metrópoles.

Por conta disso, há mais energia elétrica disponível para o carro, diminuindo a necessidade do uso do motor a combustão. E na cidade, os momentos em que é possível rodar utilizando apenas o motor elétrico (em velocidades menores) são mais frequentes.

Este é o principal motivo para que os híbrido tenham um consumo urbano menor do que na estrada – justamente o contrário do que ocorre com carros convencionais. No caso do Prius, são 23,8 km/l na cidade e 18,2 km/l na estrada

Com um só pedal

O poder de frenagem de um motor elétrico é tão intenso que no BMW i3 é possível dirigir usando apenas o pedal do acelerador. O funcionamento é simples: ao aliviar o pé direito, o motor elétrico passa automaticamente a gerar energia, reduzindo a velocidade do carro.

Em teoria todo modelo híbrido ou elétrico pode fazer isso, mas outras marcas optam por tornar essa regeneração mais branda, para não confundir seus motoristas.

A eficiência desse método, porém, tende a popularizá-lo – a Nissan replicou o mesmo mecanismo no novo Leaf.

 

Fonte: QuatroRodas

 

 

 

 

 

 

 

 

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